sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Esse esfria-aquece meu coração é capaz de transformar sua própria anatomia, deixando de ser um espaço oco -o que é da sua natureza- para tornar-se alimento da saudade, sustentando corpo e alma.
Anseio

O seu rosto se faz presente
Por entre meus pensamentos longínquos
Que mesmo na ausência dos sentidos
É capaz de fazer o meu peito, desfalecido

Entre lençóis emaranhados
Desenho em seu corpo minha alma
- Jovem pouco vivida
Que teima em camuflar desníveis
Encaixando simetrias

Deitarei sobre seus braços
Procurando juntar sua pele a minha
Derramando em meio a lágrimas
Minha irônica condição de alforria

E mesmo neste momento
Resguardar-me-ei das lembranças
- Que é para não ser ingrata
Com aquela que me é de grande companhia.